A amizade é um dos relacionamentos mais lindo do mundo, e também um dos mais trabalhosos. Ter amigos é um grande ato de dar e receber, de coragem, de ser você mesma, de acreditar em si e no outro. Através da amizade você faz uma transferência e contra transferência, parece contraditório, mas é possível. Colocamos em prática a nossa solidariedade, pois ajudamos o próximo nos momentos difíceis da vida. Ser amigo é fazer uma doação com muito amor e força de vontade. Podemos ser mais felizes vendo o outro ser feliz, realizado, pleno, confiante, amando e sendo amado.

Diariamente aprendo com as minhas amigas, elas me acolhem e brigam comigo quando necessário e dessa maneira me torno uma pessoa melhor. Sou grata pelo o apoio que recebo delas, porém algumas amigas nunca vivenciaram na pele a discriminação baseada no peso, ou seja, a gordofobia.

Para quem está do lado de fora, é fácil dizer que a gordofobia não existe, que é exagero ou coisa da minha cabeça. Falam como se não houvesse distinção entre o gordo e o magro. Alguns tratamentos direcionados a pessoas gordas são considerados normais, até mesmo engraçado. Elas se posicionam como se não existisse tratamento diferenciado para as pessoas gordas.

Citei aqui, algumas das inúmeras situações que escuto no meu dia a dia, e fico a me perguntar se eu estou paranoica. Parece que o gordo não pode nada, até o simples fato de expressar suas vontades já é visto como uma pessoa carente.

Vontade é diferente de carência. Quantas vezes você expressou sua libido e foi erroneamente rotulada como uma mulher carente?

Você já se perguntou por que muitos homens acham que quando nós mulheres fodas, expressamos nossos desejos, libido e vontades por uma relação mais calorosa e intensa, somos chamadas de carentes?

Pois é, infelizmente fomos criados em uma sociedade onde as mulheres nem sempre tinham a liberdade de expressar os seus desejos e os homens também não foram educados para compreender e respeitar as vontades da mulher, afinal de contas até pouco anos atrás o sexo era só uma ferramenta específica para procriar.

Há mais de cem anos existem estudos científicos relacionados a libido feminino, mas o assunto ainda é um tabu na nossa sociedade atual. Apesar de ao longo dos anos ter adquirido um espaço significativo nos canais informativos, poucos ainda sabem da importância da sexualidade em nossas vidas.

Categorias: Reflexões

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