Esse é um prazer de casa que sempre passo para as minhas alunas/clientes. Inicialmente é um exercício doloroso. Você precisa se deitar literalmente sozinha, em meio as suas dores, traumas, medos e carências. São noites longas e banhadas a rios das lágrimas.

Lágrimas da perda de um crush.

Solidão de ser esquecida pelas amigas.

Brigas em família.

Perda de um ente querido.

Medo de morrer sozinha.

Insatisfação de nunca ser o suficiente.

Revolta com o seu corpo.

E principalmente com a dor horrível em dizer que sim você é humana, não é forte o suficiente, muitas vezes é carente, mas que acima de tudo você só quer um colo, um abraço e alguém que lhe diga de verdade: “Eu te vejo, eu te respeito, eu quero estar aqui com você”.

Mas eu nunca entendia como isso seria possível, alguém querer de verdade estar comigo se nem eu mesma gostava da minha companhia?

Depois que aprendi e passei a dormir com a “solidão” e ouvi o tanto que ela tinha para me falar, eu também aprendi que eu só quero estar no lugar onde as pessoas realmente fazem questão da minha presença, do meu amor, da minha amizade e do meu trabalho.

É doloroso inicialmente, porém é extremamente libertador entender, aceitar, agradecer e respeitar aqueles que não lhe querem com eles.

Hoje eu sei que muitas vezes a “solidão” é a minha melhor companhia. Me conta: você já dormiu com a sua “solidão”?

Categorias: Reflexões

1 comentário

Laís Raínna Guedes Cruz · 24 de junho de 2021 às 15:15

uau, que profunda e sensível a reflexão… é uma companhia que parece ser negada por diversas vezes, a da solidão, mas que só nela eu, particularmente, consigo ler, meditar, não fazer absolutamente nada. bendita seja a “solidão”

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